Resumo
A equipe de tradutores do curso Letras-Libras desde 2008 estabeleceu uma discussão permanente para proposição de neologismos atendendo às solicitações dos estudantes do curso de menos soletração na produção do material em Libras. Os sinais propostos estão armazenados no servidor do curso e constituem o banco de dados do Glossário Letras-Libras. A ampla utilização desses “novos sinais” por estudantes do curso em outros espaços tais como, aulas, conferências e trabalhos acadêmicos, tem demonstrado a necessidade de ampliação e disponibilização desse banco de dados para a comunidade acadêmica, principalmente tradutores e intérpretes do par linguístico Libras - Língua Portuguesa, visto que uma das competências exigidas para tradução de textos técnicos é o conhecimento da terminologia da área. A fim de facilitar o acesso a esses dados iniciou-se o desenvolvimento de software para ordenação e busca dos sinais já produzidos no curso. Procurando atender às especificidades visuais-espaciais da Libras, a proposta inicial consistiu em ordenar o banco de dados segundo os parâmetros Configuração de Mão e Localização do Sinal. A complexidade dessa tarefa de ordenação evidenciou a necessidade de mapear a estrutura morfofonética das unidades terminológicas que constituem o Glossário a fim de identificar quais seriam os filtros mais eficazes – com relação aos níveis e subníveis – para ordenação do sistema. O presente texto apresenta alguns resultados e reflexões iniciais a partir da análise de 132 unidades léxicas do Glossário Letras-Libras versão 2008-2010.