É adequada a formação dos intérpretes de língua de sinais para todos os âmbitos profissionais de interpretação? O caso da Espanha
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Palavras-chave

Formação de intérpretes de língua de sinais
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Resumo

No ano 2007 a língua de sinais espanhola (LSE), junto com a língua de sinais catalã (LSC), foi reconhecida oficialmente (Lei 27/2007 de 23 de outubro de 2007) como língua de uso da comunidade surda. Apesar de tratar-se de uma lei que a dia de hoje não está desenvolvida, sua aprovação obrigou à administração e aos profissionais a plantear-nos as necessidades de formação das pessoas surdas e dos intérpretes de LSE, entre outras questões. Os estudos de interpretação desta língua são regulados desde o ano 1995. Anteriormente, a formação de intérpretes na Espanha se realizava nas associações de surdos, nas quais se ofereciam cursos de preparação, e eram as próprias federações de surdos as que realizavam os exames. Além destes intérpretes formados, o papel de ponte de comunicação recaía, em numerosas ocasiões, nos familiares das pessoas surdas. A formação regrada dos estudos de interpretação permitiu unificar os conteúdos formativos e abrir este campo profissional. Ditos estudos estão incluídos na Formação Profissional, nível de educação não universitária no estado espanhol. Depois de mais de uma década de posta em prática deste ciclo formativo, começam a advertir-se algumas deficiências na formação dos intérpretes de LSE. A formação e a prática interpretativa da língua de sinais espanhola (LSE) têm uma curta trajetória acadêmica na Espanha, em contraste com a comprida tradição da formação acadêmica regrada em espanhol. Esta situação comporta um desequilíbrio entre a língua oral e a LSE na hora de abordar o processo de interpretação de uma língua à outra. 

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