o PROFESSOR DE MATEMÁTICA (Y) E O INTÉRPRETE EDUCACIONAL DE LIBRAS-PORTUGUÊS (L) COMO VARIÁVEIS DE UMA FUNÇÃO S(Y, L)
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Palavras-chave

Surdez; Língua de Sinais; Teoria Antropológica do Didático; Boa Construção Discursiva.

Resumo

Este estudo investiga a dinâmica comunicativa entre professores de matemática e intérpretes educacionais de libras-português em salas de aula inclusivas, com foco na análise da topogênese (Teoria Antropológica do Didático), referente ao conceito de acessibilidade didática. Para isso, analisamos trabalhos apresentados no Encontro Nacional de Educação Matemática Inclusiva (ENEMI), com ênfase nas interações entre os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem da matemática. Utilizando a Análise Textual Discursiva de Roque Moraes (2003), a pesquisa revelou quatro posições ocupadas pelos professores: Distanciamento, Universalização, Desconhecimento Linguístico e Construtor Discursivo, e cinco posições dos intérpretes: Alheiamento, Colaboração, Condicionamento Necessário, Exíguo e Polivalência. A análise indicou que a topogênese, ou a construção das posições e funções dos sujeitos envolvidos é assimétrica e que a simples presença de conhecimento bilíngue ou de adaptação de materiais não garante, apesar de ser uma condição esperada, por si só, a acessibilidade didática. A criação de redes de significações (Oliveira; Machado, 2023) no discurso e a colaboração entre professor e intérprete são fundamentais para assegurar a inclusão dos estudantes surdos no ensino de matemática. Concluímos que este estudo contribui para a reflexão sobre as condições e restrições à acessibilidade didática em aulas de matemática, destacando a importância da estruturação discursiva e da articulação das práticas pedagógicas no sistema didático ampliado.

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