TRADUÇÃO DE/PARA LÍNGUA DE SINAIS NO ENSINO SUPERIOR EXPERIÊNCIAS COMPARTILHADAS
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Palavras-chave

tradução
ensino superior
Textos Videografados

Resumo

A crescente presença de Surdos em contextos universitários não só como alunos, mas também na docência tem exigido que cada vez mais tradutores e intérpretes busquem formação de igual nível e aperfeiçoem suas práticas. Uma queixa comum entre Surdos na comunidade acadêmica é a falta de materiais bilíngues o que reforça a necessidade do trabalho de tradução. Por sua vez, tradutores no qual o par linguístico envolvido na tradução inclua pelo menos uma língua de sinais queixam-se de que faltam diretrizes ou normas técnicas para o trabalho. Assim sendo as equipes de tradução que desenvolvem projetos ou implementação do trabalho sistematizado de tradução com LS no país veem-se diante de um grande desafio e responsabilidade. Logo, o desafio de desbravar um caminho e a responsabilidade de compartilhar com a classe profissional suas experiências neste então recente percurso. Deste modo, é isto que o presente trabalho se propõe a fazer, descrever e compartilhar experiências em tradução de ou para língua de sinais no ensino superior. A exemplo da equipe de tradução do Curso Letras Libras da UFSC que registrou o passo a passo do material traduzido para o curso (Oliveira & Silva, 2014) demonstraremos como tem sido desenvolvido o trabalho de tradução no Ensino Superior do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) nos últimos anos. Inicialmente de forma bastante empírica e amadora para o Curso Bilíngue de Pedagogia na modalidade presencial, os ajustes feitos, os avanços alcançados e atualmente para o mesmo curso sendo que na modalidade on-line. Ressaltaremos a importância de uma equipe que possa debruçar-se, exclusivamente, nos serviços de tradução uma vez que entendemos a complexidade do fazer tradutório. Abordaremos questões relacionadas aos equipamentos necessários, os recursos utilizados, bem como o alinhamento com outros profissionais que fazem parte do processo especialmente por o trabalho envolver textos videografados. Destacaremos ainda outras facetas do trabalho como, a do tradutor/ator (Segala, 2010), a do tradutor/supervisor, do tradutor/revisor, aprovação de vídeos rascunhos, locução de material didático, participação na elaboração de roteiro, participação na edição dos vídeos, validação das traduções feitas entre outras. Embora o presente trabalho se dedique à descrição prática das experiências vivenciadas pela equipe de tradução, buscou-se embasamento teórico nos estudos da tradução para escolhas e decisões adotadas.

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