INTÉRPRETE DE LIBRAS NO CONTEXTO EDUCACIONAL:
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Palavras-chave

Formação de Intérprete de Libras
Processo seletivo IFRS
Acessibilidade de surdos

Resumo

Para se entender melhor a formação de tradutores intérpretes de Língua de Sinais para atuar no contexto educacional, faz-se necessário contextualizar a inserção deste na sala de aula com os alunos surdos e os alunos ouvintes. Esse estudo tem por finalidade investigar a formação dos tradutores intérpretes de Libras que atuam nas escolas da Rede Pública. Tratamos deste assunto por entendermos ser este profissional de importância fundamental para a educação dos surdos, considerando ainda, a regulamentação da profissão de Tradutor e Intérprete de Libras por meio da Lei Nº 12.319 de 1º de setembro de 2010. O presente trabalho, orientado pela pesquisa de abordagem qualitativa, tem como objetivo geral refletir sobre a formação dos tradutores intérpretes de Libras que atuam nas escolas da Rede Pública de uma cidade localizado no interior do estado de Minas Gerais. Especificamente, pretende-se investigar quais os impactos dessa formação na atuação dos referidos profissionais em sala de aula inclusiva com os alunos surdos; destacar o perfil dos profissionais que exercem este trabalho no cenário investigado; abordar as diferentes realidades em que atuam, faixa etária, formação, tempo de atuação, como/quando iniciaram o seu trabalho como tradutor intérprete de Libras, dentre outras questões. A fim de buscar suporte à temática envolvida fizemos um estudo de documentos, em especial da Lei Nº 10.436, de 24 de abril de 2002, do Decreto Nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, e também da Lei que regulamenta a profissão do Tradutor e Intérprete de Libras. Além disso, trabalhos como os de Lacerda (2010), Thoma (2005), Rodrigues (2001), Rosa (2006) e Quadros (2003), fundamentaram nossas discussões. A presente pesquisa abrange a coleta de dados através da metodologia qualitativa com a utilização de questionários, apresentando questões mistas aos tradutores intérpretes de Libras que atuam em cinco escolas estaduais e em uma escola municipal de Minas Gerais. Destas instituições escolares, cinco são do Ensino Fundamental I e II, e uma do Ensino Médio, que contam com a presença de tradutores intérpretes de Libras em sala de aula acessibilizando a comunicação e o ensino para os alunos surdos. À luz dos dados coletados percebemos as diferentes dificuldades no trabalho desses profissionais, decorrentes da ausência de capacitações suficientes e necessárias para embasar suas práticas. Frente a esses desafios, entendemos que a falta de conhecimento teórico de alguns intérpretes frente aos conceitos abordados em sala de aula, dificulta o trabalho de tradução e interpretação, além de prejudicar a aprendizagem do aluno surdo.

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