Resumo
Existe um movimento reflexivo sobre a ação-educativa e o caráter das propostas de mediação realizadas dentro de espaços de bens culturais, aos diferentes públicos à que se dirige. Tendo em vista os diferentes públicos, cabe a reflexão que já vem sendo feita, sobre a ação-educativa aos públicos que requerem a acessibilidade nos espaços de bens culturais, tal como o público de surdos, para o qual, a acessibilidade está ligada à língua de sinais. Esse texto apresenta uma experiência em Ação Educativa em espaços de bens culturais dirigida para o público de surdos, com o objetivo de refletir sobre as implicações que o atendimento do público de surdos trás para a mediação em espaços expositivos de artes e as contribuições do intérprete de língua brasileira de sinais no desenvolvimento da mediação e a transposição dos conteúdos de artes para a língua brasileira de sinais nos espaços expositivos. Através da análise da proposta desenvolvida, constatou-se a importância da língua de sinais para o público surdo nas ações-educativas em espaços expositivos e as contribuições que a inserção do profissional intérprete da língua de sinais, também profissional arte-educador, traz para a equipe responsável pelas ações-educativas. Contudo, foi possível perceber questões relacionadas a atuação do tradutor/interprete e arte-educador, a necessidade da articulação entre o conhecimento das artes, a competência tradutórias e mediação de exposições. A importância da criação de programas e desenvolvimento de ações que possibilite o acesso do surdo aos bens culturais e ao conhecimento das artes em espaços expositivos. Essa produção se caracteriza como um estudo introdutório que apresenta resultados de uma pesquisa básica que terá continuidade e aprofundamento teórico, metodológico e prático, lançando algumas indagações para estudos e pesquisa posteriores referentes ao assunto.