Resumo
As línguas de sinais são as próprias manifestações da linguagem dos povos Surdos em todas as localidades do mundo, sendo sua língua de interação natural e materna. E por estas línguas possuírem uma modalidade de articulação diferente das línguas orais, diversas crenças lhes são atribuídas por pessoas não surdas, denominadas também de ouvintes, como é no caso da Língua Brasileira de Sinais - Libras (Quadros e Karnopp, 2004; Gesser, 2009; Neves e Quadros, 2015; Sousa e Viera, 2018; Sell e Rech, 2020), contribuindo para a promoção, normalmente, de atitudes linguísticas negativas. As crenças e as atitudes linguísticas são aspectos intimamente ligados para as formulações no que tange a língua, pois são as opiniões, sentimentos e reações que se tem sobre ela. Com isso, este trabalho busca identificar e analisar as crenças e atitudes linguísticas de pessoas não surdas sobre Língua Brasileira de Sinais através de uma revisão de literatura; ressaltando que esta pesquisa é fruto de uma pesquisa de mestrado, na qual está sendo desenvolvida. Assim, nesta investigação utilizamos a pesquisa bibliográfica ou revisão de literatura como arcabouço metodológico, pautados, sobretudo, em Gil (2002), por meio de livros de linguística sobre a Libras, além de artigos, dissertações e teses em sites de busca, periódicos e repositórios. Diante disso, podemos identificar que ainda existem poucas pesquisas linguísticas acerca das crenças da Libras – muitas da vezes colocadas como mitos –; por outro lado, elas descrevem as crenças percebidas e pesquisadas. Por sua vez, não alcançamos resultados de pesquisas voltadas para as atitudes linguísticas voltadas à Libras, sendo mais as reações percebidas pelos autores em meio as crenças. Portanto, essa pesquisa identifica e analisa as crenças e atitudes linguísticas de pessoas não surdas em relação à Libras, como: a Libras é uma língua; a Libras não é universal; a Libras não é adaptação do português, dentre outras.