O GÊNERO DO DISCURSO NA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS
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Palavras-chave

gênero do discurso; Libras; enunciados; linguística; categoria.

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Resumo

A Língua Brasileira de Sinais (Libras) é uma língua de modalidade gesto-visual utilizada pela comunidade surda brasileira (Almeida, 2013; Quadros e Karnopp, 2004; Ramos, 2003; entre outros); assim como as outras línguas, essa língua tem a sua história, suas marcações temporais (Bakhtin, 2006); dessa forma, é rica de descobertas e inovações ao longo dos anos, o que reflete as características culturais e históricas dos surdos e está inserida no arcabouço da teoria linguística das línguas, cuja diferença básica entre a língua oral e a de sinais está na estrutura simultânea da organização dos seus elementos (Quadros; Karnopp, 2004). O presente trabalho tem como objetivo a investigação e compreensão dos gêneros discursivos na Libras, quais as diferentes abordagens e perspectivas em uma revisão de literatura. Para tanto, realizamos uma busca nas bases de dados da CAPES e Oasis dos seguintes descritores: “Libras”, “surdos”, “gênero do discurso”. Foram identificados 27 trabalhos em português, dos quais, 15 se enquadram nos critérios de inclusão e dialogam com o tema. As pesquisas foram divididas em três categorias: 1. O gênero discursivo na Libras; 2. O ensino da Libras por meio do gênero discursivo; 3. O gênero discursivo e a tradução e interpretação de Libras-Português. A nossa análise ocorreu a partir dos objetivos de estudo, da metodologia e das discussões apresentadas em cada uma das pesquisas. A partir daí, surgem várias problemáticas a analisar, como o ensino da Língua Portuguesa e a Libras por meio de gêneros discursivos, como é a tradução e a interpretação dos diferentes discursos, as múltiplas perspectivas de diversos autores para esse tema que se faz pertinente de estudo, no entanto, no presente trabalho daremos foco apenas nas duas primeiras categorias a fim de apresentar dados consistentes da Libras e para a Libras. Avistamos uma carência de pesquisas sobre os gêneros e enunciados produzidos em Libras, tais como: aqueles menos complexos, como uma conversa em grupo, os surdos inseridos em seu cotidiano e os diferentes discursos que ali são produzidos, e também os gêneros mais complexos que nos deparamos comumente dentro da academia, a exemplo: os gêneros jornalísticos, científicos, acadêmicos e literários, sendo os dois últimos que demonstram avanços em comparação aos demais. Por fim, a pesquisa concebida apresenta-se importante, à medida que colabora para a compreensão dos gêneros do discurso na Libras, uma vez que as análises coletadas preenchem outras inúmeras contribuições à língua. A Libras é composta por perspectivas morfológicas, fonológicas e sintáticas; posto isso, considera-se que os estudos bibliográficos sobre os gêneros discursivos devem ser observados visando adaptar o discurso, garantindo que a mensagem seja compreendida de forma clara pelo público-alvo. Cada gênero do discurso possui características específicas, como vocabulário, estrutura, tom e estilo, moldadas pelas esferas da atividade em que são produzidas. Logo, adaptando o discurso, o falante ou intérprete pode ajustar essas características de acordo com as necessidades e expectativas do público, proporcionando inclusão e acessibilidade linguística.

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